bandeira sinesCDU considera as GOP uma listagem de intenções de investimento sem prioridades e afirma que os valores previstos no orçamento são fantasiosos e não respeitam os princípios legais do rigor e da especialização orçamental. 

 

DECLARAÇÃO DE VOTO DA CDU

A CDU votou contra as GOP (grandes opções do plano) e contra a proposta de orçamento municipal para 2011, porque considera as GOP uma listagem de intenções de investimento sem quaisquer prioridades e porque os valores previstos no orçamento não passam de números fantasiosos que não respeitam os princípios legais do rigor e da especialização orçamental.

Investir mais de oito milhões de euros na avenida Vasco da Gama, num elevador monstruoso e numa avenida exterior à cidade onde ninguém reside e deixar por investir seriamente na requalificação do património municipal que se encontra ao abandono (palácio Pidwell, Ginásio Clube de Sines, Centro Recreativo Siniense, Mercado Municipal, Salão do povo, etc.) e na melhoria da rede de ruas, avenidas e praças de Sines e Porto Covo, é opção que não merece a simpatia da CDU, já para não referir as vergonhosas instalações do centro de Saúde de Sines que assim irão continuar mais outro ano.

A proposta de orçamento é no valor global de 51 milhões de euros. Número astronómico se verificarmos o que se passou nos últimos três anos em termos de receitas totais:

-2008   -  21,8  milhões de euros

-2009   -  31,1  milhões de euros (dos quais 11,2 milhões de empréstimos)

-2010   -  20,9  milhões de euros até 30 de Novembro passado.

Por estes números se poderá imaginar a demagogia que o orçamento encerra. Por outro lado e não existindo poupança corrente (as despesas correntes sobem quando todo o país contrai e reduz a despesa corrente) o que significará o seu financiamento por verbas de capital e não existindo também recurso a mais empréstimos, restará à Câmara Municipal a venda do património.

O orçamento para 2011 prevê a venda de mais de 15 milhões de euros de património. Se considerarmos que em 2010 o objectivo era idêntico e que apenas se realizou pouco mais de um milhão de euros de venda de património, podemos concluir que tal objectivo é absolutamente inatingível.

Quanto à resolução da dívida superior a 25 milhões de euros com custos anuais de quase 3 milhões de euros, nada. Quem vier atrás que feche a porta parece ser o lema.

Portanto o que se afigura para a CDU é um ano de caminhada para uma situação financeira critica que atingirá trabalhadores, fornecedores, empresários e o bom nome do município, que aliás já anda pelas ruas da amargura com o estado vergonhoso em que se encontram as ruas, as zonas verdes, a higiene pública, a limpeza, e a conservação do património que é de todos.

Pelas razões apontadas a CDU vota contra as propostas do Movimento SIM de GOP e de Orçamento Municipal para 2011.