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20111203_santiago_cacem2Intervenção de Jerónimo de Sousa no Comício

Intervenção de Manuel Valente, membro do Comité Central e responsável pela Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP

 

Camaradas e amigos,

Em nome da Direcção Regional do Litoral Alentejano, para todos uma calorosa e fraternal saudação.

 Realizamos este comício 8 dias depois da Greve Geral, essa importante jornada de luta dos Trabalhadores Portugueses, que teve como no geral do País uma importante adesão dos Trabalhadores do Litoral Alentejano.

Greve Geral que teve maior impacto e adesão na Administração Pública Central e Local, mas também dos Trabalhadores do Privado.

 Uma participação tanto mais significativa nos Trabalhadores das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, das Auxiliares das Escolas, com dezenas de Escolas totalmente encerradas e outras praticamente não funcionaram.

Elevada adesão dos Enfermeiros no Hospital do Litoral Alentejano, nos Centros e Extensões de Saúde e noutros Serviços da Administração Pública Central, mas também nas varias dependências da CGD, Serviços de Finanças e outros Serviços Públicos.

 Greve Geral que teve também a adesão de muitos Trabalhadores do Privado! Na Rodoviária do Alentejo, na Metalsines e Compelmada, onde os trabalhadores estão confrontados com salários em atraso e retirada de direitos com a integração dos Trabalhadores da Metalsines na Compelmada.

 Nos trabalhadores da Fundiarte contra os salários em atraso, a repressão e os processos disciplinares.

Ou mesmo os trabalhadores dos Empreiteiros e Subempreiteiros, na Petrogal onde a pressão, a chantagem, a intimidação, começa nas carrinhas que os transporta até a entrada e prossegue no local de trabalho.

 

Foram vários os Trabalhadores com quem contactamos e nos relataram várias situações como por exemplo:

- Desculpem mas encontrei agora aqui este trabalhinho, tenho filhos, e o patrão já disse que quem fizer Greve, escusa de regressar;

- Ou aquele trabalhador que nos disse – desculpem mas estou a 350KM de casa.

Foram muitas as formas de pressão; o que levou a que muitos Trabalhadores, compreendendo as razões da Greve e dispostos à Greve, na hora não foram capaz de assumir o risco.

Mas foram também muitos que assumiram o risco e venceram os medos, foram cerca de 1000 Trabalhadores Subempreitemos que fizeram a Greve Geral.

Por isso a Greve Geral deve ser muito valorizada, e tanto mais valorizadas ainda, tendo em conta as condições muito difíceis em que foi realizada.

E por isso daqui saudamos todos os Trabalhadores pela sua participação nesta grandiosa Jornada de Luta, que foi a Greve Geral.

Saudamos também os Trabalhadores e as Populações que participaram nas 5 Concentrações em Alcácer do Sal, Grândola, Canal Caveira, Santiago do Cacém, com manifestações em Sines.

Mas camaradas, realizamos este Comício no final de um ano muito difícil para os Trabalhadores e para o nosso Povo, consequência dessa politica de direita, de desastre nacional, de afundamento do país, de agravamento das condições de vida para os Trabalhadores e para as Populações, de ataque às conquistas de Abril e ao Regime Democrático por um lado, e por outro, um ano marcado pela resistência e Luta dos Trabalhadores que teve momentos importantes, também no Litoral Alentejano;

- Participação na Manifestação Nacional de 1 de Outubro;

- na semana de Luta de 20 a 27 de Outubro;

- na Manifestação de 12 de Novembro;

-e como já foi referido na Greve Geral de 24 de Novembro.

Mas também na Luta contra o encerramento de Escolas, no Concelho de Santiago do Cacém, contra o encerramento dos Centros e Extensões de Saúde como aconteceu, nas acções em Grândola e Canal Caveira, na concentração em S. Francisco contra o encerramento das Extensões de Saúde de S. Bartolomeu, S. Francisco e Reixa-o-Resto, na concentração junto do Centro de Saúde de Alcácer do Sal contra o encerramento de todas as Extensões de Saúde, incluindo Montevil e Barracão no Concelho de Alcácer do Sal.

A Luta dos Agricultores da Comporta e do Carvalhal em defesa da Agricultura e do Mundo Rural.

Luta que continuou e vai continuar depois de Greve Geral, como aconteceu dia 30 de Novembro em frente à Assembleia da Republica, em defesa do Poder Local democrático, contra as Extinções de Freguesias.

Luta que vai continuar no próximo dia 10 de Dezembro na Manifestação Nacional de Reformados em Lisboa.

Luta que vai continuar na semana se 12 a 17 de Dezembro.

Creio, camaradas, que é justo realçar aqui, que todas essas Lutas na sua organização e mobilização dos trabalhadores e das populações tiveram a marca de intervenção determinante e quase sempre decisiva dos militantes do Partido, nas Organizações do Partido, nos Sindicatos, nas Comissões de Trabalhadores, nas Comissões de Utentes, nas Autarquias CDU, nas Juntas de Freguesia, e permitam-me que destaque na nossa Câmara Municipal de Santiago do Cacém, apoiando e realizando plenários com os trabalhadores e as populações, esclarecendo e mobilizando-os para a Luta na defesa dos Serviços Públicos, dos seus interesses e aspirações.

 

Mas camaradas,

Este Comício realiza-se também a 1 mês do ano de 2012.

Ano em que, por acção deste Governo de direita do PSD/CDS com a aprovação do Orçamento de Estado, ou seja prosseguir e aprofundar as politicas de direita, prosseguir como Pacto de Agressão num verdadeiro roubo aos Trabalhadores e ao Povo.

Como dizia, será mais um ano muito exigente, um ano de resistência e de Luta para derrotar este Pacto de Agressão.

Um ano também para no Litoral Alentejano mobilizar para a Luta em tornos das questões gerais e concretas da Região.

Continuar a Luta contra o encerramento de Escolas, já anunciado, contra o encerramento de Extensões de Saúde, e em defesa o Sistema Nacional de Saúde, contra a Extinção de Freguesias e de outros Serviços Públicos essenciais às Populações, e em defesa do Poder Local Democrático,

Luta que passa pela mobilização dos Trabalhadores a que tem de se dar prioridade aos Trabalhadores do Complexo Industrial e Portuário de Sines.

Ano em que precisamos de reforçar o Partido prosseguindo a campanha “ Avante por um Partido mais forte”.

- Reforçar as Organizações de Base;

- Estruturar o Partido para responder às várias situações;

- Dar conteúdo politico à nossa intervenção e Iniciativa das Organizações;

- Aumentar a venda da Imprensa do Partido;

- Melhorar a nossa Informação e Propaganda;

- Recrutar mais militantes para o Partido;

- Aumentar as contribuições financeiras;

- Responsabilizar e formar novos Quadros.

 

2012 será também o ano da realização de importantes iniciativas na Região.

- O almoço convívio de todo o Alentejo de Aniversário do Partido,

- A 4ª Assembleia de Organização Regional do Litoral Alentejano.

 

Será necessário um grande empenhamento e participação de todos os militantes do Partido.

 

Camaradas,

2012 será certamente um ano de dificuldades, mas também e sobretudo de grandes potencialidades e possibilidades para reforçar o Partido, reforçar a Organização – acção e intervenção politica, alargar a influência Social e Politica do Partido, aprofundar a sua ligação aos Trabalhadores e às Populações.

 

Vamos à Luta e ao trabalho Camaradas.

 

VIVA A GREVE GERAL!

VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES!

VIVA A JCP!

VIVA O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS.