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Numa situação económica e social devastadora para o Alentejo e para o país, a que se soma uma progressiva degradação no plano político, coloca como imperativo nacional a ruptura com a política de direita e pôr fim ao ciclo vicioso da alternância de quase quatro décadas entre PS e PSD, com ou sem CDS, evidenciando cada vez mais a urgência da construção de uma política patriótica e de esquerda. Não foram os discursos de Natal nem de Ano Novo que iludiram a dura realidade dos trabalhadores e do povo. Como também não são cantilenas nem cantos de sereia de um PS que, mudando de cara, e com muita retórica e proclamações, não só não se demarca como insiste nas linhas estruturantes materializadas nos PEC e no Pacto de Agressão.

A DRA denuncia práticas e atitudes de dirigentes do PS a nível local ou regional que, contrariamente a posicionamentos anteriormente assumidos, colocam-se agora numa posição oportunista reclamando alterações de políticas quando antes as praticaram ou apoiaram. São disso exemplo, as políticas sociais relativas ao serviço nacional de saúde e educação ou as soluções para a gestão da água pública cujo processo de abertura ao sector privado foi iniciado com o então ministro José Sócrates com a criação dos sistemas multimunicipais e inviabilizando a criação de sistemas intermunicipais e a candidatura dos municípios do Alentejo aos fundos comunitários que teria resolvido o problema do abastecimento de água às populações em toda a região. De igual modo, o processo de verticalização e integração de sistemas, que acelera o processo de privatização da água enquanto bem público, a par das imposições da Entidade Reguladora do Sistema de Água e Resíduos promovida pelo governo PSD/CDS constituem um autêntico atentado às populações.

Nesse sentido a DRA do PCP apela às populações, aos seus movimentos, aos eleitos autárquicos, para que lutem em defesa da água pública.

Neste quadro, ao mesmo tempo que os trabalhadores lutam e resistem em defesa do direito ao trabalho, pelo trabalho com direitos, pelo aumento dos salários, e pela defesa das 35 horas de trabalho (manifestação dos trabalhadores da administração pública central a 30 de Janeiro, acções promovidas pelo STAL em defesa das 35 horas entre 26 e 30 de Janeiro, acção do pessoal não docente das escolas a 20 de Fevereiro, e a greve dos professores contra as provas especificas), os reformados e pensionistas lutam contra a degradação das suas reformas e pensões. As populações defendem os serviços públicos e melhores acessibilidades, como são disso exemplo as acções promovidas por diversas organizações pela realização das obras no IP8 e IP2 e no IC1, envolvendo sempre os eleitos da CDU no poder local democrático. Sempre solidário com estas lutas, o PCP tem vindo a desenvolver em toda a região uma acção persistente e determinada assente, na denúncia e na proposta.

Afirmando as propostas e soluções que o PCP tem para o país e para o Alentejo, e no seguimento do trabalho que tem vindo a ser realizado e dos múltiplos contactos estabelecidos ao longo dos últimos meses com diversas entidades e personalidades da região, a DRA do PCP, em articulação com o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República, vai apresentar um Plano Imediato de Intervenção Económica e Social para o Alentejo. Na próxima sexta-feira, 23 de Janeiro, pelas 11:00 horas, no Centro de Trabalho de Beja do PCP, realizar-se-á uma Conferência de Imprensa para dar a conhecer o essencial dos seus conteúdos deste Plano.

Nos 40 anos da Reforma Agrária, que se assinalam em 2015, a DRA do PCP anuncia a realização de um comício no dia 7 de Fevereiro, no Teatro Garcia de Resende, em Évora, com a participação de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.

A DRA do PCP destaca a realização, a 28 de Fevereiro, em Loures, no Pavilhão Paz e Amizade, do Encontro Nacional do PCP «Não ao declínio nacional. Soluções para o País». Num ano marcado por importantes acontecimentos, com a realização de eleições legislativas, a DRA do PCP sublinha a importância do reforço orgânico, social, político e eleitoral do PCP, o aumento da sua capacidade de acção e intervenção política, o desenvolvimento da luta das massas populares, a unidade dos democratas e patriotas, como condições fundamentais na luta contra a política de direita, pela ruptura e pela mudança, por uma política e um governo patrióticos e de esquerda.

Inseridos nas direcções de trabalho constantes da resolução do Comité Central «Mais organização, mais intervenção, maior influência – um PCP mais forte», e das orientações do XIX Congresso, a DRA do PCP valoriza os recrutamentos realizados durante o ano transacto, cerca de três centenas no conjunto das organizações do Alentejo, no quadro da campanha nacional “Os valores de Abril no futuro de Portugal” e saúda os novos membros do Partido.

A DRA do PCP abordou o andamento positivo da campanha de fundos que tem como objectivo a aquisição do terreno da Quinta do Cabo para a Festa do Avante! que decorre sob o lema “Mais espaço, mais Festa. Futuro com Abril e apela a todos os membros do Partido, a todos os democratas e patriotas para que participem activamente nesta campanha.”

A DRA apela ainda a todas as organizações para que intensifiquem nesta fase final, com toda a determinação, a acção geral de contactos e elevação da militância, o reforço da organização com prioridade para o reforço do Partido nas empresas e locais de trabalho, e à responsabilização de novos quadros e à sua formação e integração.

No âmbito do 94º Aniversário do PCP, o Almoço Alentejo deste ano será a 15 de Março, em Santiago do Cacém, no Pavilhão de Feiras e Exposições, e contará com a presença do Secretário-Geral do Partido. Esta iniciativa insere-se nas dezenas de comemorações que as organizações do PCP levarão por diante em todo o Alentejo, constituindo momentos de afirmação do Partido, do seu programa «Uma Democracia Avançada – os Valores de Abril no futuro de Portugal» e da afirmação do objectivo do socialismo e do comunismo.

 

Alentejo, 20 de Janeiro de 2015

A Direcção Regional do Alentejo do PCP