PCP está contra uma nomeação que envergonha Grândola e a sua população
A Comissão Concelhia de Grândola do PCP considera completamente inqualificável e indefensável, moral, ética e politicamente criticável, a decisão do Presidente da Câmara de Grândola em nomear o seu filho para o cargo de adjunto do Gabinete de Apoio, atitude que revela uma clara desconsideração pelo desempenho de cargos públicos e se traduz num aproveitamento pessoal e familiar, sendo indefensável na base do princípio legal de que os autarcas não podem participar na discussão, nem votar qualquer assunto onde estejam envolvidos familiares directos.
Nada justifica esta nomeação, representando uma despesa quando a Câmara vê reduzidas as suas receitas e aumentar a dívida de curto prazo, quando o Presidente da Câmara decidiu e colocou às chefias um plano de redução de pessoal.
O reforço do gabinete de apoio do Presidente da Câmara é inoportuno e nada o justifica, quando a Câmara dispõe de cinco eleitos a tempo inteiro, mais um do que no anterior mandato, e um deles tem, essencialmente, o pelouro do apoio à Presidência. A nomeação levantou justificada reacção negativa da população de Grândola que, naturalmente, não esconde a sua revolta para com uma decisão que demonstra o claro aproveitamento pessoal e familiar do presidente da Câmara e um claro desrespeito pelas regras que devem presidir ao desempenho de cargos públicos. A nomeação tornou-se num caso com impacto nacional, com a sua divulgação em diversos órgãos de comunicação social, arrastando o bom nome de Grândola para um lugar que não merece, não traduz o espírito das suas gentes e que em nada dignifica a sua população e o concelho.
A Comissão Concelhia do PCP entende que este acto justifica uma enérgica resposta política na sua denúncia e contestação.
Julho.2011