A CDU expressa a sua profunda preocupação face à redução de efetivos no Posto da GNR do Cercal do Alentejo, um posto estratégico e de elevada importância para a segurança da população da freguesia.
Recentemente, fomos confrontados com a informação de que o Posto do Cercal do Alentejo teve o seu número de efetivos drasticamente reduzido, em contra ciclo com compromissos assumidos anteriormente, que garantiam que não haveria diminuição de efetivos nos postos do concelho de Santiago do Cacém. Este facto revela-se ainda mais alarmante, uma vez que que o Posto do Cercal é o único que será afetado por esta redução, enquanto todos os outros postos no concelho recebem reforços de efetivos.
Além disso, constatamos que o Posto da GNR no Cercal do Alentejo está sem capacidade de patrulha há três meses, devido à falta de viatura. Esta situação transformou o posto numa unidade de atendimento, impossibilitando qualquer patrulhamento ou resposta operacional eficaz às necessidades da população. Este corte de efetivos, aliado à inexistência de meios como viaturas, compromete gravemente a capacidade de resposta da GNR. Num território em crescimento e atravessado por importantes vias de comunicação, como as estradas nacionais e a zona industrial de Cercal, a falta de patrulhamentos regulares na vila e nas suas imediações agravará ainda mais a situação, com a resposta da GNR a distâncias consideráveis, chegando a ser superior a 30 km de outros postos.
As sucessivas propostas apresentadas pela Administração da PSA são a prova de que a luta dá frutos e de que os trabalhadores unidos e organizados são capazes de travar os ataques aos seus direitos.
O Partido Comunista Português saúda e valoriza a acção de luta da passada segunda-feira, dia 6, que contou com a participação de mais de uma centena de trabalhadores. São acções como esta que fazem os patrões recuar e que permitem que se conquistem direitos, aumentos salariais e horários mais justos.
O PCP apela a todos os trabalhadores que prossigam a recusa de propostas que vão contra os seus interesses, e continuem a luta pela concretização das suas aspirações concretas. Só através da luta organizada e da unidade dos trabalhadores é possível trilhar esse caminho.
tem de estar ao serviço das populações, do Alentejo e do País.
Face às notícias suscitadas por declarações do Ministro das Infra-estruturas relativas ao Corredor Internacional Sul (CIS) - conhecido como Linha Sines Caia - quanto à questão da sua utilização, em toda a sua extensão, para transporte de passageiros, a Direcção Regional do Alentejo do PCP:
1 – Sublinha que a região Alentejo sofre, há já anos demais, com as decisões dos sucessivos governos do PS e PSD, de desinvestimento e abandono da linha férrea na região.
2 – Realça que foi a luta das populações, com a correspondente e constante intervenção do PCP, que impôs e conquistou algumas dos investimentos que estão concretizados, anunciados ou em fase de adjudicação.
3 – Alerta que, apesar disso, tais investimentos, mesmo se todos concretizados, continuam a estar longe de responder às necessidades e reivindicações das populações do Alentejonomeadamente quanto à modernização, electrificação e plena utilização da linha do Alentejo e sua ligação à Área Metropolitana de Lisboa e ao Algarve pela Funcheira, com a reposição de serviços regionais e intercidades; à requalificação e electrificação da Linha do Leste de Abrantes a Elvas incluindo a sua aproximação à cidade de Portalegre; à reposição do serviço regional na linha do Sul; à reposição de ramais extintos, nomeadamente através de soluções de mobilidade suave, ou construção de novos como o do Aeroporto de Beja na Linha do Alentejo.
4 – Considera queanova ligação Évora-Elvas tem de ser encarada como uma importante linha ferroviária para o interior do país, com a mesma relevância que lhe é dada como troço de uma linha internacional de mercadorias e de passageiros.
Recorda que o projecto deste corredor ferroviário incluiu desde o início o objectivo, e soluções técnicas, designadamente de infra-estrutura, que permitem a sua utilização para transporte de mercadorias e de passageiros.
O facto de não se terem concretizado partes desse projecto, nomeadamente o de uma via dupla para transporte de passageiros, não pode pôr em causa o direito das populações à utilização da linha actualmente em fase de conclusão para esse fim, em toda a sua extensão, ou seja, garantindo para lá do que já existe o transporte de passageiros na ligação Évora-Elvas.
É sabido que por onde passam comboios internacionais também passam comboios regionais. E é também sabido que a linha que está a ser concluída comporta, se assim for a decisão da entidade exploradora, o transporte de passageiros. Essa decisão é, portanto, uma decisão política, e não técnica. Estão em causa direitos das populações e a política de utilização de uma infra-estrutura pública que por definição tem de estar ao serviço das populações e do País, e não apenas de interesses económicos.
Neste sentido a exploração do serviço de passageiros não pode ser condicionada a outros critérios ou condições que não a da necessidade e do direito das populações a utilizar aquela via para se deslocarem.
5 – Considera que seria impensável que esta infra-estrutura pudesse vir a servir apenas para transporte de mercadorias, numa lógica de mero atravessamento do território. Para o PCP esta via tem de ser encarada como um forte contributo para o desenvolvimento socioeconómico da região Alentejo.
Além da população de Sines (privada actualmente de transporte ferroviário), a meio desta ligação, de 80 km de extensão, situam-se os aglomerados urbanos da Serra d’Ossa, Redondo, Alandroal, Vila Viçosa, Borba, Elvas e Estremoz com população que carece de ser fixada e cujas actividades económicas (agricultura, indústria das rochas ornamentais, entre outras) necessitam de ser desenvolvidas.
6 – O PCP relembra que foi aprovada, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2025, uma proposta especifica do PCP para esta via ferroviária que entre outros aspectos prevê o investimento necessário que permita o imediato aproveitamento da infra-estrutura para o transporte de passageiros, designadamente considerando a possibilidade da componente de estação de passageiros onde ainda não de verifica, designadamente em Vendas Novas, Évora e Alandroal. Seria inaceitável, e um desrespeito pela Assembleia da República, que tais investimentos não se viessem a concretizar.
7 – O PCP entregará na Assembleia da República uma pergunta ao Governo para clarificar quais os objectivos do Governo quanto a esta ligação ferroviária e qual o calendário previsto de concretização dos investimentos agora aprovados no Orçamento do Estado por iniciativa do PCP.
O Partido Comunista Português continua a acompanhar a situação preocupante vivida pelos trabalhadores da PSA Sines, pelos recorrentes ataques às suas condições de trabalho e vida, que a Administração da empresa teima em levar por diante.
A Administração insiste numa política de baixos salários, recusando o seu aumento, justificando com argumentos falsos como uma suposta falta de mão-de-obra, recorrendo à mão-de-obra imigrante como factor de divisão dos trabalhadores e de ataque aos seus direitos, promovendo até situações de perigo para a sua segurança.
Tentou ainda, impor uma alteração de horários e condicionar a marcação de férias conforme o que lhes possibilite a maximização do lucro, sem se importarem com a vontade dos trabalhadores e com a conciliação da sua vida profissional com a vida pessoal e familiar.
O impasse sobre a alteração de horários pendente em tribunal já demonstrou que esta via não levará à resolução do problema, pelo contrário, serve para confirmar a pretensão da Administração.
A PSA Sines apresenta agora uma proposta provocatória e inaceitável com um prazo de 5 anos! O ataque é muito claro e os trabalhadores devem recusá-la desde logo.
Não à redução de salários e diminuição do poder de compra!
Os trabalhadores pagam a renda, a comida, a luz e a água todos os meses. Custos estes que têm vindo a aumentar significativamente nos últimos anos, e nos próximos 3 anos prevê-se que continuem a aumentar sempre acima dos 2% do aumento salarial prometido.
Não é com aumentos abaixo da inflação, nem com prémios esporádicos, dependentes da produção (factor que não está totalmente dependente dos trabalhadores) que se melhora a vida dos trabalhadores!
Uma ofensa aos trabalhadores!
NADA justifica a proposta de miséria da Administração, segundo o “Notícias de Sines”, a movimentação de contentores nos nove meses cresceu 14,8% face ao ano passado, isto é, apenas em nove meses, os trabalhadores atingiram os valores do ano passado - 2023.
Em vez de reconhecer o mérito e valor dos trabalhadores, a Administração da PSA Sines ofende-os com esta proposta.
O PCP está solidário com os trabalhadores da PSA Sines e aponta a unidade, organização e luta como a resposta adequada e necessária aos insistentes ataques de que têm vindo a ser alvo.
Nota à imprensa do Executivo da Direcção Regional do Alentejo do PCP
1 - Assinalam-se hoje 10 anos sobre a data em que o Comité Internacional da UNESCO inscreveu o cante alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Tal conquista - motivo de orgulho e de grande satisfação para os alentejanos e para todo o povo português - constituiu um justo reconhecimento e valorização da relevância patrimonial do cante alentejano; do seu valor excepcional como símbolo identificador da região do Alentejo e identitário dos alentejanos; do seu enraizamento profundo na tradição e história cultural do País; e da sua importância como fonte de inspiração e de troca intercultural entre povos e comunidades.
Tal como o PCP afirmou então, tal reconhecimento contribuiu para a salvaguarda e a promoção do cante alentejano enquanto genuína expressão cultural de um povo, bem como para o surgimento de novos projectos musicais, culturais, académicos e turísticos que deram e continuam a dar um importante contributo para a promoção e defesa da cultura alentejana, do desenvolvimento e projecção do Alentejo e do País.
2 - O cante alentejano, canto colectivo sem recurso a instrumentos, que incorpora música e poesia, é uma expressão cultural de enorme força, beleza, identidade e consistência, profundamente ligada à vida e tradições do povo e dos trabalhadores, bem como à sua luta contra as injustiças, pela democracia e o desenvolvimento do Alentejo.
No ano em que se comemoram os 50 anos da Revolução de Abril, e quando o PCP e outras forças e personalidade democráticas iniciam as comemorações dos 50 anos da reforma agrária, a Direcção Regional do Alentejo (DRA) do PCP recorda as palavras do escritor e poeta José Gomes Ferreira: "Nunca vi um alentejano cantar sozinho com egoísmo de fonte. Quando sente voos na garganta, desce ao caminho da solidão do seu monte, e canta em coro com a família do vizinho. Não me parece pois necessária outra razão - ou desejo de arrancar o sol do chão - para explicar a reforma agrária do Alentejo. É apenas uma certa maneira de cantar."
3 - A DRA do PCP saúda vivamente os cantadores alentejanos, os seus inúmeros grupos corais, as colectividades, associações e instituições que os enquadram e apoiam, os seus dirigentes e activistas. Felicita e valoriza a contribuição de todos os que se têm empenhado na defesa, salvaguarda, promoção e inovação do cante alentejano, com resultados extraordinários na sua afirmação como uma das mais reconhecidas e atractivas expressões culturais portuguesas no plano nacional e internacional.
4 - A DRA do PCP recorda, e saúda vivamente os promotores da candidatura lançada em 2012, dos quais se destaca, com inteira justiça, a Câmara Municipal de Serpa que dinamizou a candidatura nos planos regional, nacional e internacional, mobilizando e nela envolvendo numerosas entidades – desde grupos corais até outros municípios e freguesias, passando por musicólogos, antropólogos, cineastas e outros especialistas – e criando a Casa do Cante, em Serpa, responsável pelo acompanhamento do processo.
5 - Reafirmando que a elevação do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade é uma conquista de todo o povo alentejano e uma vitória de todos os que nela se empenharam, a DRA do PCP sublinha simultaneamente, e com orgulho, o permanente apoio ao Cante por parte dos comunistas nas autarquias, na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, recordando que o PCP contribuiu de variadas formas e com várias iniciativas de massas e institucionais para essa grande conquista.
A DRA do PCP reafirma o compromisso e o empenho dos comunistas na defesa, salvaguarda e promoção do Cante Alentejano, e de forma geral de todas as expressões da riquíssima cultura do Alentejo, compromisso bem patente em várias iniciativas e projectos que as autarquias geridas pela CDU têm em desenvolvimento, das quais se destaca a Capital Europeia da Cultura – Évora 27.