Último comunicado da Comissão Concelhia de Grândola do PCP sobre o Centro de Trabalho de Grândola
Os Vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal e o seu Presidente, Sr. Carlos Beato, aprovaram na Sessão de Câmara de 23 Janeiro de 2008, com os votos contra dos Vereadores do PCP e da CDU, a denuncia do Contrato de Arrendamento do Centro de Trabalho do PCP em Grândola, celebrado em 01 de Dezembro de 1983.
No comunicado que distribuímos à população de Grândola e à Comunicação Social no dia 30 de Janeiro de 2008, está o essencial da nossa apreciação politica sobre a decisão do Sr. Carlos Beato e da Câmara Municipal, contudo e face à gravidade da decisão importa reafirmar:
AO POVO DE GRÂNDOLA
Os Vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal e o seu Presidente, Sr. Carlos Beato, aprovaram na Sessão de Câmara de 23 Janeiro de 2008, com os votos contra dos Vereadores do PCP e da CDU, a denuncia do Contrato de Arrendamento do Centro de Trabalho do PCP em Grândola, celebrado em 01 de Dezembro de 1983.
No comunicado que distribuímos à população de Grândola e à Comunicação Social no dia 30 de Janeiro de 2008, está o essencial da nossa apreciação politica sobre a decisão do Sr. Carlos Beato e da Câmara Municipal, contudo e face à gravidade da decisão importa reafirmar:
Que foi a Câmara Municipal de Grândola que rompeu unilateralmente o processo em curso e o compromisso de empenhamento de ambas as partes para encontrar uma solução DIGNA para o PCP e para a Câmara Municipal de Grândola como consta na acta da reunião do dia 14 de Novembro de 2006;
Que não foi o PCP que se recusou a entregar as instalações, mas sim que a Câmara Municipal não deu um único passo para encontrar uma solução;
Que os Vereadores Socialistas e o Presidente agiram de má fé, de forma premeditada e deliberada, não tendo feito qualquer tentativa e desenvolvido um único esforço, quando o devia e era sua obrigação, para a resolução do problema limitando-se apenas a enviar ofícios ao PCP, solicitando que este entregasse as instalações;
Que esta decisão da Câmara Municipal e do Sr. Carlos Beato, não é uma solução digna para a Câmara e para o PCP, mas antes uma decisão que envergonha Grândola e o seu Povo, o Portugal de Abril, os democratas, os antifascistas, os revolucionários que lutaram contra o fascismo, pelo 25 de Abril, pela Liberdade e a Democracia, luta essa em que muitos Grandolenses participaram e onde os comunistas estiveram na primeira linha de combate, associando, para sempre, Grândola à Revolução dos Cravos.
Mais:
Foi o PCP que reconhecendo o atraso na resposta à solicitação da Câmara Municipal de Grândola, tomou a iniciativa de propor a reunião de 14 de Novembro de 2006, se empenhou na procura de soluções e se disponibilizou para estabelecer um compromisso com a Câmara Municipal para o desenvolvimento de todo este processo de difícil resolução;
Foi o PCP que contribuindo para a resolução do problema, na reunião com a Câmara Municipal no dia 04 de Outubro de 2007 fez uma proposta de três espaços de possíveis alternativas à qual a Câmara Municipal ficou de dar uma resposta, o que até hoje não aconteceu o que demonstra claramente que a Câmara Municipal faltou ao compromisso e a falta de seriedade dos eleitos do Partido Socialista em todo este processo;
Foi ainda o PCP que na reunião de 04 de Outubro de 2007 avançou com a disponibilidade para aceitar uma solução temporária, com um prazo determinado, desde que com compromissos firmados quanto ao futuro.
O PCP condena veementemente esta atitude anti democrática do Presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato, e dos vereadores do Partido Socialista.
O PCP, como entidade de bem, sempre respeitou e assumiu os seus compromissos pagando mensalmente a renda estabelecida;
O PCP considera que a Câmara Municipal ainda está a tempo de alterar a decisão e reiniciar as conversações e evitar maiores consequências politicas;
O PCP reafirma a necessidade de continuar o processo em curso até encontrar uma solução digna para ambas as partes.
O PCP continuará a sua luta para defender os interesses do concelho de Grândola e do seu Povo, a democracia e a liberdade contra aqueles que dizendo defender Abril e os interesses do concelho, o que fazem é hipotecar o futuro de Grândola, não toleram a oposição firme e determinada do PCP e por isso procuram limitar a sua intervenção e actividade.
Grândola, 11 Fevereiro 2008