Pergunta ao Governo N.º 636/XII/1
Rede de urgência em Odemira
Quinta 15 de Setembro de 2011
As populações do concelho de Odemira têm sido vítima, no que
concerne aos cuidados de saúde, da “interioridade” do seu concelho e da
não adequação das respostas às características geo-demográficas do país.
A reestruturação da rede de urgência definiu a instalação de um Serviço
de Urgência Básico (SUB) em Odemira e a colocação de uma ambulância de
Suporte Imediato de Vida.
O SUB tem inerente à sua filosofia, entre outras coisas a permanência de
dois enfermeiros. A tripulação da ambulância é composta por um
Enfermeiro e um Técnico de Ambulância de Emergência
O que tem acontecido no concelho de Odemira , a pretexto da integração
de serviços e da racionalização de meios, é reduzir o número de
enfermeiros disponíveis para prestar cuidados.
Têm sido várias as situações em que um enfermeiro é necessário num local e se encontra a desempenhar funções noutro.
Este procedimento tem causado incómodos, nomeadamente, como aconteceu
recentemente, a dificuldade na resposta o que terá levado à morte de uma
criança. Por alguma razão as orientações para a reestruturação a rede
de urgências do país, apontou o número de dois enfermeiros como o
adequado para o correcto funcionamento do serviço.
Infelizmente no concelho de Odemira têm sido as mortes a precipitar a
tomada de decisões quanto à afectação de recursos na área da saúde.
Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este
meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Saúde, o seguinte:
1. Confirma o ministério esta situação?
2.Porque razão os enfermeiros do SUB, estão a ser deslocação para acompanhamento da SIV?
3. Existem outros SUB no Distrito de Beja em que ocorra situação semelhante?
4.O que está a ser feito para corrigir está situação e dotar o Centro de
Saúde de Odemira dos recursos Humanos necessários para o seu adequado
funcionamento?