A CDU esteve ontem em contacto e esclarecimento com a população de Sines sobre o Orçamento e Grandes Opções do Plano 2017. Um orçamento que pretende resumir aquilo que são 4 anos de mandato em apenas num ano, ou seja, é em pleno ano de eleições autárquicas que o executivo PS pretende, finalmente, vir a atender a algumas das aspirações dos sineenses.
Um orçamento muito aquém das expectativas e aspirações dos sineenses, e que terá do voto contra da CDU na Assembleia Municipal por continuar a não responder às verdadeiras necessidades do concelho e da população.
Comunicado CDU sobre o “Orçamento e GOP”
A maioria do Partido Socialista no Executivo Municipal apresenta um orçamento e as Grandes Opções do Plano (GOP) como se tivesse renascido das cinzas, isto é, a menos de um ano do termo do mandato, pretende pôr o conta-quilómetros a zero e fazer crer que agora tudo vai ser diferente porque doravante haverá fundos comunitários e todos os problemas do concelho desaparecerão.
Contudo, os primeiros anos, em nada contribuíram para que a população e bem assim, a CDU, antecipe agora uma alteração de fundo na política até aqui levada a cabo e por isso votou contra o Orçamento Municipal e as GOP(s).
Desde o início deste mandato que se deviam ter dado passos significativos para tornar a CMS mais autónoma no investimento e na sua concretização. Assim não aconteceu, infelizmente, muita pouca coisa aconteceu. O sentimento da população de três anos perdidos é perfeitamente justificado.
Os mapas do Plano Plurianual de Investimentos (PPI 2017) demonstram a inexistência de investimento, enquanto as Atividades Mais Relevantes (AMR 2017) demonstram as reais opções deste executivo, onde a principal fatia é atribuída às categorias; Cultura (com um peso esmagador do Festival Músicas do Mundo); Desporto, Recreio e Lazer.
Não deixa igualmente de ser de mau gosto o facto de só em 2017 o PS colocar o novo Centro de Saúde de Sines nas GOP. Uma obra que foi lançada no final de 2014, com previsão de conclusão em Dezembro de 2015 e que passado quase um ano após esta data os Sineenses continuem sem um Centro de Saúde com as devidas condições, tal como médicos, enfermeiros e auxiliares suficientes para as necessidades do concelho. Empurrar a abertura do Centro de Saúde para ano de eleições sem que hajam explicações cabais para tal, além de ser irresponsável e de um oportunismo a todo o pano, revela a faceta eleitoralista do PS em que vale até brincar com a saúde para apresentar obra nas vésperas das autárquicas.
O Ambiente continua a ser o parente pobre neste orçamento. Nesta área, apenas é referido iniciar uma nova fase do GISA como se fosse possível fazê-lo com seriedade nos cerca de nove meses de mandato. É muito pouco, tendo em conta que também muito pouco foi feito até aqui. A participação na COMSINES ainda não resolveu nenhum problema do concelho nem se vislumbra que venha a fazê-lo.
As novas captações de água que deviam ter sido uma prioridade e realizadas no início do mandato, continuam a parecer ainda como um assunto a estudar, já houve estudos e propostas para as mesmas captações há muito tempo e continuam na gaveta.
A valorização das zonas rurais foi uma bandeira eleitoral do Partido Socialista, mas nada foi feito até aqui e muito provavelmente nada será feito. Nos documentos agora apresentados nem é mencionada.
O cúmulo surge com o monumento aos pescadores que o executivo em três anos não construiu e propõe-se agora a fazê-lo. Das duas uma, por incompetência e desvalorização da atividade da pesca ou por eleitoralismo. De uma forma ou de outra, os pescadores há muito tempo que merecem um monumento alusivo bem como os corticeiros e os operários industriais.
No concreto e numa forma muito simples, a maioria do PS, limitou-se à gestão corrente da autarquia, prolongou os erros e vícios do passado patente na já demonstrada prioridade ao foguetório em detrimento da abertura de um novo ciclo político que correspondesse aos anseios da população.
A CDU entende os quatro anos pelos quais PS foi mandatado pela população de Sines como um todo e devem refletir um trabalho estruturado e orientado, porventura a apresentar os resultados no final desse mesmo mandato. Não aconteceu, manifestamente.