Nota de imprensa da União de Sindicatos de Sines, Santiago do Cacém, Grândola e Alcácer do Sal.
Mais uma cerimónia duma primeira Pedra acontecerá em Sines já amanhã com a presença do candidato a primeiro-ministro em queda de popularidade. Os resultados da sua política são bem claros e será necessária muita propaganda e foguetes para disfarçar o indisfarçável para quem vive do seu trabalho.
Na tentativa de disfarçar os efeitos mais visíveis do fracasso político, económico e social, do sistema, o nosso governo com o seu 1º ministro à cabeça, já encetou mais uma campanha política com o objectivo de fazer esquecer o desastre social que foi este governo eleito com a maioria absoluta.
Mas, nada poderá apagar da memória dos Portugueses (trabalhadores e população em geral) o prosseguimento da política de direita retrógrada que empurrou o país para a estagnação económica com o consequente aumento do desemprego, das desigualdades sociais e do empobrecimento geral da população.
Com o Apoio de algum Patronato que pouco tem de empreendedor (os resultados estão à vista), este governo procura disfarçar os movimentos de contestação e a falência das suas políticas promovendo e colando-se ao discurso da crise.
Tudo passou a ser “crise” e, a seu pretexto, anunciam-se todos os dias paragens de actividade nas empresas, reduções de pessoal e a tentativa de criação de “bancos de horas” ou seja, da gestão integral do tempo de trabalho pelo patronato e consequentemente da vida dos trabalhadores, sem sequer ainda o ter conseguido pela revisão do Código do Trabalho.
O Governo e patronato estão de facto a aproveitar-se duma pretensa crise internacional para lançar um clima de intimidação nos locais de trabalho em torno do emprego, procurando colocar os trabalhadores na defensiva precisamente no momento das alterações à lei laboral – Inadmissível para quem se diz duma esquerda moderna.
Ultimamente, o nosso primeiro-ministro bem como os seus “ajudantes” não têm largado o Litoral Alentejano a propósito de tudo e de nada. Os “milhares” de empregos prometidos não têm passado de um “bluf”. O trabalho temporário e sem direitos esse sim, vigora e só não vê quem não quer ver.
Sempre foi nosso entendimento que a criação e remodelação das empresas é essencial para a modernização do País e para a criação de emprego. Só que o emprego precário, sem direitos até de cidadania não pode ser considerado emprego. Esta é a grande diferença de entendimento com este governo e o seu código do trabalho.
Sines, 12 de Dezembro de 2008