Temos assistido nas últimas semanas a situações vergonhosas na Refinaria de Sines. A pretexto da epidemia foram já despedidos centenas de trabalhadores de várias empresas que laboram na Refinaria, pela imposição da Petrogal.
Esta situação inadmissível, convém referir, tem a conivência do Governo do PS, que tanta vez disse que a epidemia Covid-19 não podia servir para acabar com postos de trabalho e fechar empresas. A realidade como sabemos tem sido bastante diferente, e uma vez mais o Governo do PS tem estado do lado do grande capital/Petrogal, ao invés do lado dos trabalhadores tal como a situação o exige.
Ainda no passado dia 24 de Abril, a Petrogal fez uma distribuição de mais de 500 Milhões de euros em dividendos aos accionistas, revelando uma vez mais a sua natureza exploradora e vergonhosa que não olha a meios para obter o máximo de lucro, mesmo pondo em causa centenas de famílias, que hoje vivem uma situação dramática, pondo em risco o pão, o tecto ou inúmeras situações.
O 1º de Maio este ano vai-se realizar em moldes diferentes dos outros anos, tendo em conta o quadro epidemiológico do Covid-19, onde as normas sanitárias para a segurança de todos vão ser impostas, contudo vai ser marcado com luta, onde se vai denunciar todo tipo de abusos levados a cabo pelo patronato, mas ao mesmo tempo colocar as principais reivindicações dos trabalhadores, seja o urgente e necessário aumento dos salários, o combate ao desemprego e precariedade, contra a desregulação dos horários de trabalho, pelas 35 horas de trabalho semanal para todos, por mais e melhores condições de trabalho, onde as reivindicações concretas dos locais de trabalho também vão estar presentes.