Hoje foi distribuído o Boletim de Março da Célula do PCP na Refinaria de Sines da Petrogal. O PCP está totalmente solidário com a poderosa luta desenvolvida por estes trabalhadores (Petrogal e CMN/Martifer) que no dia 14 de fevereiro teve um momento alto com uma concentração à porta da Refinaria.
Numa altura em que a greve dos trabalhadores da Petrogal chega ao terceiro mês deste ano, com bastante impacto, a administração da Petrogal tudo faz para boicotar a luta, utilizando todos os métodos repressivos e antidemocráticos contra os trabalhadores e a sua greve em clara afronta à Constituição que consagra o direito à greve. São já sete os trabalhadores suspensos com processos disciplinares numa tentativa intimidatória à resistência e luta destes trabalhadores. Este ataque tem a clara conivência do governo minoritário do PS que nada faz para resolver o problema dos trabalhadores, pelo contrário, mesmo contra sucessivas decisões judiciais o governo continua a lançar despachos anti-greve, demonstrando a sua subserviência ao grande capital.
Num quadro em que o grupo Galp revela uma vez mais os seus lucros chorudos, fruto da exploração de quem trabalha. Lucros que dariam perfeitamente para respeitar os direitos dos trabalhadores, nomeadamente os consagrados no seu Acordo de Empresa, acordo que a administração, mesmo contra decisões judiciais, insiste na sua caducidade. E mais, estes lucros dariam para acabar com a precariedade na Refinaria e colocar todos os trabalhadores com vínculos à Petrogal, e ainda assim sobrariam milhões de lucro.
Valorizar o trabalho e os trabalhadores é condição essencial para o desenvolvimento económico e social do país. Os trabalhadores não se vergam à chantagem e repressão, porque eles sabem que os seus direitos não foram oferecidos, mas sim conquistados, como sempre, na luta.