O PCP saúda todos os trabalhadores da Refinaria de Sines e suas organizações representativas, que hoje, uma vez mais, denunciaram o vergonhoso despedimento colectivo imposto pela Petrogal a vários trabalhadores que laboravam na Refinaria de Sines.
Uma vez mais este grupo económico (GALP) provou que os trabalhadores para eles são meras mercadorias e que se podem descartar dela ao seu belo prazer, tudo em nome da ganância do lucro.
Convém recordar que a riqueza é criada pelos trabalhadores, e numa altura complexa como a que atravessamos, tendo em conta o surto epidemiológico Covid-19, o lucro gerado por quem trabalha deveria estar também ao serviço dos trabalhadores, para se garantir os seus direitos e rendimentos, mas a ganância do grande capital é de tal forma insaciável que a pretexto do lucro é capaz de todo o tipo de monstruosidades.
Neste mesmo dia em que os trabalhadores e suas organizações representativas denunciam esta situação, a Petrogal faz uma distribuição de 314,7 Milhões de euros em dividendos aos accionistas, revelando uma vez mais a sua natureza exploradora e vergonhosa que não olha a meios para obter o máximo de lucro, mesmo pondo em causa centenas de famílias, que hoje vivem uma situação dramática, pondo em risco o pão, o tecto ou inúmeras situações.
Convém ainda recordar que toda esta situação, sejam os despedimentos, seja a distribuição dos dividendos, tem o compadrio do governo do PS, que enche a boca de solidariedade nesta altura, mas na hora da verdade em vez de estar do lado dos trabalhadores dos seus direitos e postos de trabalho, toma a opção de estar do lado da empresa e do grande capital.
O PCP uma vez mais está solidário com todos estes trabalhadores e em particular os que foram despedidos, e apela à unidade de todos os trabalhadores para que com a luta se possa ainda reverter esta vergonhosa situação.
Os trabalhadores sabem que só com a sua unidade e luta poderão resolver esta situação, tal como em muitos outros momentos, e sabem também que podem contar com o apoio do PCP.
Aos trabalhadores nada foi oferecido, tudo foi conquistado, e numa altura em que se comemora a revolução de Abril relembramos as palavras do músico:
“Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir “