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A CDU realizou no dia 25 de Abril um almoço convívio de comemoração do Dia da Liberdade e de apresentação do candidato à presidência da Câmara Municipal de Sines, no Salão do Povo.
Juntando mais de 150 camaradas e activistas da CDU preparados para o trabalho que se avizinha na campanha eleitoral.
Hélder Guerreiro traçou aquilo que foram 4 anos de mandato do PS, numa política de continuidade que tem levado o concelho a acentuar os seus principais problemas na área do ambiente, acessibilidades, saúde e políticas para a juventude, não deixando de assinalar que neste momento a Câmara Municipal de Sines é a que mais trabalhadores precários tem em todo o Litoral Alentejano.
A candidatura da CDU apresenta-se como a única alternativa de Trabalho, Honestidade e Competência que devolverá a Câmara Municipal de Sines aos trabalhadores e povo de Sines, com um projecto coerente com aquelas que são as necessidades do concelho.
Manuel Rodrigues, da Comissão Política do Comité Central do PCP, encerrou as intervenções recordando o que significou o 25 de Abril, a importância da luta e resistência de muitos antifascistas e comunistas na conquista de direitos de homens e mulheres e nas melhorias das condições de vida de toda a população.
Clique em ler mais para ver a intervenção completa de Hélder Guerreiro.
Caros
Camaradas, amigos, familiares.
Estamos hoje aqui reunidos para apresentar a nossa candidatura à presidência da Câmara Municipal de Sines.
Há quatro anos, colocámos a necessidade imperiosa da reabilitação do espaço urbano e das obras de proximidade que foi seguida por todas as outras candidaturas. Foi entendido pelo PS como meia dúzia de obras aqui e ali sem nenhuma coerência e sem repensar a estrutura e o funcionamento da câmara, como se tivéssemos dado o mote, mas não lhes tivéssemos explicado como o poderiam fazer.
Dissemos que era necessário abrir um novo ciclo político e que o PS, pela sua prática representava a continuidade do desvario do executivo SIM que o precedeu. Os problemas do concelho mantêm-se, tudo está na mesma, a falta de verbas não justifica tudo, o que faltou foram ideias e capacidade política para encontrar soluções.
Não se envolveu a população na limpeza e embelezamento da cidade como o incentivo a que os sinienses pudessem eles próprios contribuir para uma cidade mais florida e limpa.
O Parque de Campismo permanece fechado há cerca de oito anos e o PS deixou passar quatro desses anos numa passividade atroz e deixou arrastar o problema, com prejuízo para o comércio tradicional e para a dinamização turística da cidade. Não há nenhuma proposta possível de desenvolvimento turístico em Sines sem o Parque de Campismo.
E, mais importante, não se alterou a forma de apoio ao movimento associativo. Continuaram a distribuir as verbas como bem entenderam e mantiveram a política do dividir para reinar, mais uma herança em que tudo continuou na mesma. O nosso movimento associativo continua refém de uma política errada que não potencia a cooperação entre associações nem o desenvolvimento das suas atividades em coerência com uma estratégia de promoção da cidade e dinamização do comércio tradicional, por exemplo.
Faltou-lhes coragem política para enfrentar os responsáveis na área do ambiente pelas tais emissões gasosas que continuamos a sentir diariamente. O PS é instrumentalizado pela associação patronal do complexo para protelar os investimentos que eles sabem ser essenciais para atenuar os efeitos da poluição. A questão do ambiente tem sido ainda aproveitada de forma demagógica e desonesta por outras forças políticas que não há muito tempo andavam de mão dada com as principais empresas poluidoras em Sines.
Esconderam-se atrás do aparelho partidário no Governo que em desespero tenta atamancar os vários problemas pendentes. Um caso flagrante disso é a estrada da Ribeira dos Moinhos que supostamente servirá de alternativa à autoestrada Sines- Santo André. Aplicaram um tapete betuminoso em metade da estrada, mas deixaram a outra metade no estado lastimoso em que se encontrava. Será que esta é a estrada pretendida como alternativa quando colocarem as portagens a funcionar. Sim, porque vai haver portagens ou não? Temos que saber.
Relativamente ao novo Centro de Saúde, o Governo com a cumplicidade da Câmara atrasa de propósito a abertura deste importante equipamento para a população lá para as vésperas das eleições. O aproveitamento politico do aparelho de Estado para fins eleitoralistas é inaceitável. Daqui reafirmamos o apelo para que o novo Centro de Saúde seja uma realidade imediata e se acabem de vez com os jogos eleitorais que prejudicam os sinienses.
A maioria do Partido Socialista no Executivo Municipal desempenhou um papel lamentável de travão à progressão de carreira de dezenas de trabalhadores que a solicitaram, mas viram os requerimentos recusados. Atuaram já tarde para tentar corrigir o erro e prejudicaram dezenas de trabalhadores.
A câmara municipal de Sines é a campeã da precariedade, no Litoral Alentejano, têm o maior número de trabalhadores com contratos precários a ocupar postos de trabalho permanentes.
A política para os jovens, limitou-se a levá-los a pintar paredes e a alguns concertos. Qual o papel da Casa da Juventude? Ainda existe?
A maioria socialista no Executivo Municipal continua em cima do muro em todas as decisões estruturantes para o concelho, o abastecimento de água e os resíduos sólidos urbanos é uma delas. Ou seja, manteve-se o sistema independente mas não se tomaram as medidas necessárias para lhe garantir, no futuro, essa independência, isto é, os investimentos que garantam à CMS seguir um caminho autónomo, fora da alçada da “Águas de Sto. André” e com isso salvaguardando-nos da eventual privatização da água.
Na anterior campanha eleitoral, muito se falou do foguetório em detrimento da opção pelo investimento na resolução dos reais problemas da cidade. Vejamos então a catadupa de festas que vão durar de forma ininterrupta até às eleições.
Ou seja, foram quatro anos perdidos e o ponto bate precisamente no estouvado foguetório, este mandato acaba tal qual acabou o mandato anterior.
A CDU apresenta-se em Sines como uma alternativa clara à incapacidade do PS, assente no trabalho, honestidade e competência dos nossos eleitos.
Esta é a candidatura para a mudança necessária ao desenvolvimento do concelho. Um projecto coletivo e participado com as populações e o envolvimento dos trabalhadores.
A nossa candidatura assume a herança de combate dos corticeiros, dos pescadores e dos operários industriais.
Esta candidatura surge da luta dos trabalhadores por melhores condições de vida; dos anseios dos comerciantes, pequenos e médios empresários por um futuro que rompa com os grandes grupos de distribuição e a concorrência desleal; das esperanças dos pescadores pela continuação da pesca em Sines.
Esta é a candidatura do povo de Sines para ganhar o futuro!