A Direcção Regional do Litoral Alentejano do PCP denuncia o despedimento de centenas de trabalhadores das instalações do Complexo Industrial de Sines, nomeadamente na Refinaria de Sines da Petrogal e na Repsol Polímeros.
Os trabalhadores despedidos são trabalhadores com vínculos precários – ditos de trabalho à hora – mas que muitos ocupam postos de trabalho permanentes.
Esta situação tem que ver, segundo o sindicato SITE-Sul, fruto de medidas tomadas tendo em conta o surto epidémico Covid-19, e irá trazer um problema social para estes trabalhadores e suas famílias.
Num quadro exigente de combate a esta pandemia, onde se pedem esforços a todos, é incompreensível o despedimento destes trabalhadores, onde as empresas não podem exercer todo o tipo de arbitrariedades contra os trabalhadores, nem o Covid-19 pode ser desculpa para estes despedimentos.
Estes trabalhadores já são vítimas de contratos de trabalho precários e numa altura complicada são atirados para o desemprego, como se fossem descartáveis.
O PCP há muito tem alertado o Governo para esta situação de precariedade existente nestas empresas do Complexo Industrial de Sines.
Tal como disse o Secretário Geral do PCP, Jerónimo de Sousa “Combater e liquidar o vírus sim, mas é inaceitável em nome disso liquidar direitos, cortar salários, fazer despedimentos impondo a lei da selva. A situação impõe a emergência da proibição imediata dos despedimentos e da adopção de medidas de salvaguarda de direitos.”
Os trabalhadores uma vez mais podem contar com o PCP seja para a resposta imediata na salvaguarda da saúde, ou seja para a defesa dos postos de trabalho e dos direitos de quem trabalha.