Notas de Imprensa

pcp_logoA Direcção Regional do Alentejo do PCP, (DRA) reunida no dia 27 de Setembro, analisou a situação política e social na região, a preparação do XX Congresso do Partido e o andamento das acções e iniciativas em curso e fez o balanço da 40º Festa do Avante!.

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Foi aprovado por unanimidade, ontem, o projecto de resolução apresentado pelo PCP na Assembleia da República pela intervenção urgente na recuperação do IC1 - troço Alcácer do Sal/Grândola.

O PCP considera que a aprovação desta resolução é uma vitória de toda a população do Litoral Alentejano, especialmente para as de Alcácer do Sal e Grândola. E que é a consequência da intensa luta que as populações têm desenvolvido ao longo destes últimos anos pela resolução deste grave problema, luta esta desenvolvida através da Comissão de Utentes do IC1 e sempre com o apoio das autarquias locais de Alcácer do Sal e Grândola.

Numa situação económica e social devastadora para o Alentejo e para o país, a que se soma uma progressiva degradação no plano político, coloca como imperativo nacional a ruptura com a política de direita e pôr fim ao ciclo vicioso da alternância de quase quatro décadas entre PS e PSD, com ou sem CDS, evidenciando cada vez mais a urgência da construção de uma política patriótica e de esquerda. Não foram os discursos de Natal nem de Ano Novo que iludiram a dura realidade dos trabalhadores e do povo. Como também não são cantilenas nem cantos de sereia de um PS que, mudando de cara, e com muita retórica e proclamações, não só não se demarca como insiste nas linhas estruturantes materializadas nos PEC e no Pacto de Agressão.

A Direção da Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP, reunida no dia 10 de Outubro analisou os resultados das eleições autárquicas de 2013, a situação política e social na região e as tarefas decorrentes.

O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Urbano Tavares Rodrigues, intelectual comunista destacado e figura cimeira da cultura portuguesa.

Autor de uma vasta obra literária, abarcando todos os domínios da escrita – romance, novela, conto, teatro, poesia, crónica, ensaio, jornalismo, viagens – e na qual estão presentes os valores humanos que nortearam toda a sua vida – a liberdade, a justiça social, a paz, a solidariedade, a fraternidade – Urbano Tavares Rodrigues fica na história da Literatura portuguesa como um dos seus mais relevantes expoentes.

Urbano Tavares Rodrigues desenvolveu uma igualmente intensa actividade política, iniciada muito cedo e muito cedo com ligação ao PCP, e que se prolongou ao longo de toda a sua vida.

Em 1949 participou na campanha eleitoral do General Norton de Matos, após o que foi para França onde foi leitor de Português em Montpellier e na Sorbonne, em Paris.

Em 1955 regressa a Portugal e entra na Faculdade de Letras de Lisboa, como assistente, vindo a ser afastado pouco depois, por motivos políticos. Durante alguns anos é impedido de ensinar, mesmo fora da Universidade.

Em Dezembro de 1962, participa em Cuba, num encontro de escritores solidários com a revolução cubana.

Em 1963, enquanto membro das Juntas de Acção Patriótica, preside à delegação portuguesa presente no congresso em defesa da liberdade da cultura, realizado pela Comunidade Europeia de Escritores, em Florença.

Ainda nesse ano de 1963, é preso, acusado de pertencer ao Partido Comunista Português e às Juntas de Acção Patriótica. Trata-se da primeira das três prisões que virá a sofrer, em todas elas submetido às brutais torturas da PIDE.

Em 1966, participa num congresso organizado pela Comunidade Europeia de Escritores, no decorrer do qual denunciou a extinção da Sociedade Portuguesa de Escritores e a situação de Luandino Vieira, preso no Tarrafal.

Durante a década de sessenta, Urbano participou activamente em acções do Conselho Mundial da Paz e do Conselho Português para a Paz e a Cooperação – então ainda semi-clandestino em Portugal.

Em 1971 participou na importante Conferência de Bruxelas, preparatória da Conferência de Helsínquia sobre a Paz e o Desarmamento.

Activista destacado do Movimento da Oposição Democrática, Urbano participou em várias campanhas «eleitorais» e foi membro da Comissão Nacional do III Congresso da Oposição Democrática, em 1973.

Após o 25 de Abril, teve uma intervenção activa no processo revolucionário e na luta em defesa das conquistas da Revolução. Integrou o Sector Intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP e foi candidato a deputado pelo círculo da emigração.

O PCP presta homenagem a Urbano Tavares Rodrigues e endereça à sua família e amigos o seu sentido pesar, manifestando-lhes fraternal solidariedade.