De acordo com noticias vindas a público, o HLA – Hospital do Litoral Alentejano dispensou vários profissionais de saúde com vínculos precários. Esta dispensa põe em risco vários serviços do hospital, nomeadamente o serviço de convalescença e cuidados paliativos. Sobre a questão a DORLA – Direcção da Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP afirma que:
Esta decisão do HLA prejudica os profissionais e utentes.
Não há SNS - Serviço Nacional de Saúde sem profissionais de saúde. Não foi por acaso que sucessivos governos atacaram os direitos dos profissionais de saúde com o objectivo de destruir o SNS e para transferir a prestação de cuidados de saúde para os grupos privados. Estratégia que PSD e CDS, no governo, seguiram com consequências que ainda hoje se fazem sentir.
Se é verdade que a reposição de salários e de direitos e a contratação de profissionais de saúde constituem um passo positivo embora tímido, também é verdade que face à profundidade e dimensão das opções políticas da responsabilidade de PSD e CDS, exige-se ao actual Governo a adopção de medidas que permitam ir mais longe.
Os profissionais de saúde estão desmotivados e exaustos, muitos deles após uma jornada de trabalho ainda fazem mais um turno porque não foram rendidos.
É preciso contratar os profissionais de saúde em falta - médicos, enfermeiros, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes administrativos e operacionais.
O combate à precariedade, a valorização das carreiras, o descongelamento das progressões, a aplicação das 35 horas de horário de trabalho a todos os que desempenhem funções em serviços públicos são fundamentais para a defesa do SNS, para a valorização profissional, social e remuneratória dos profissionais de saúde e para evitar as saídas antecipadas e a emigração de profissionais que fazem falta ao SNS.
O fim do recurso a empresas de trabalho temporário exige a criação de um plano para a sua progressiva redução, substituindo pela contratação de trabalhadores com vínculo à função pública, evitando assim a ruptura de serviços.
Assegurar o acesso à formação médica especializada a todos os jovens médicos, mais do que o cumprimento de uma norma orçamental, é essencial para assegurar o futuro do SNS.
O PCP desde há muito que vem alertando as populações e sucessivos governos para a situação existente no HLA, mas também na Unidade local de saúde, que envolve os cuidados de saúde em toda a região, e lembramos que temos por várias vezes denunciado e intervindo na Assembleia da República apresentando soluções para a resolução destes problemas.
A DORLA do PCP apela a todos a participarem na concentração, marcada pelo SEP – Sindicato dos Enfermeiros de Portugal em conjunto com as comissões de utentes, no dia 17 de outubro de 2017, as 17h30, em frente ao Hospital. Em defesa do SNS, pela valorização dos trabalhadores, pela contratacao de mais profissionais, e contra o encerramento de serviços.