Sector de Empresas

 

Está em distribuição junto dos trabalhadores o boletim “O Complexo” com destaque para o 1º de Maio, dia de luta com concentração em Sines no Jardim das Descobertas às 10:00. Um dia de luta pelo aumento dos salários, pelos direitos, contra a precariedade, contra a desregulação dos horários, pelas 35h de trabalho, pela defesa da contratação colectiva, por mais e melhores condições de trabalho e sanitárias e pela revogação das normas gravosas da legislação laboral.

 

Destaque ainda neste boletim para a transição energética, a propósito do encerramento da Central Termoeléctrica de Sines e o Centenário do PCP.

 

 

LutapetrogalFace à actual situação da empresa, sobretudo em relação à situação dos seus trabalhadores, entendeu o Grupo Parlamentar do PCP endereçar uma pergunta ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e ao Ministério do Ambiente e Ação Climática no sentido de obter um conjunto de esclarecimentos sobre esta situação.

O PCP recorda que a GALP, que distribuiu 574 milhões euros em dividendos pelos accionistas, avançou cinicamente com a saída voluntária de 200 trabalhadores, chegando a ameaçar com despedimento colectivo caso não aceitem a saída "voluntária". Esta é a mesma empresa que ano após ano foi esvasiando o quadro de pessoal da Petrogal, precarizando o trabalho para empresas subcontratadas, existindo trabalhadores na Refinaria de Sines a trabalhar para a GALP há dezenas de anos sem nunca terem tido vinculo com a GALP.

O Estado é o segundo maior accionista da GALP e os sucessivos governos têm sido coniventes com este comportamento por parte da empresa.

 

 

 

Petrogal14fev2O boletim “O Complexo” já está a ser distribuído desde ontem junto dos trabalhadores do Complexo Industrial de Sines.

No boletim apelamos à participação na “Marcha pelo Emprego” que se realiza amanhã às 18H em Sines, além de denunciarmos os ataques aos trabalhadores e seus postos de trabalho enquanto se distribuem milhões de euros de dividendos pelos accionistas.

 

PetrogalDespO PCP saúda todos os trabalhadores da Refinaria de Sines e suas organizações representativas, que hoje, uma vez mais, denunciaram o vergonhoso despedimento colectivo imposto pela Petrogal a vários trabalhadores que laboravam na Refinaria de Sines.

Uma vez mais este grupo económico (GALP) provou que os trabalhadores para eles são meras mercadorias e que se podem descartar dela ao seu belo prazer, tudo em nome da ganância do lucro.

Convém recordar que a riqueza é criada pelos trabalhadores, e numa altura complexa como a que atravessamos, tendo em conta o surto epidemiológico Covid-19, o lucro gerado por quem trabalha deveria estar também ao serviço dos trabalhadores, para se garantir os seus direitos e rendimentos, mas a ganância do grande capital é de tal forma insaciável que a pretexto do lucro é capaz de todo o tipo de monstruosidades.

Neste mesmo dia em que os trabalhadores e suas organizações representativas denunciam esta situação, a Petrogal faz uma distribuição de 314,7 Milhões de euros em dividendos aos accionistas, revelando uma vez mais a sua natureza exploradora e vergonhosa que não olha a meios para obter o máximo de lucro, mesmo pondo em causa centenas de famílias, que hoje vivem uma situação dramática, pondo em risco o pão, o tecto ou inúmeras situações.

Convém ainda recordar que toda esta situação, sejam os despedimentos, seja a distribuição dos dividendos, tem o compadrio do governo do PS, que enche a boca de solidariedade nesta altura, mas na hora da verdade em vez de estar do lado dos trabalhadores dos seus direitos e postos de trabalho, toma a opção de estar do lado da empresa e do grande capital.

O PCP uma vez mais está solidário com todos estes trabalhadores e em particular os que foram despedidos, e apela à unidade de todos os trabalhadores para que com a luta se possa ainda reverter esta vergonhosa situação.

Os trabalhadores sabem que só com a sua unidade e luta poderão resolver esta situação, tal como em muitos outros momentos, e sabem também que podem contar com o apoio do PCP.

Aos trabalhadores nada foi oferecido, tudo foi conquistado, e numa altura em que se comemora a revolução de Abril relembramos as palavras do músico:


“Só há liberdade a sério quando houver 
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir “

LutapetrogalO Estado Português é detentor de 7,42% do capital da Galp, sendo o segundo maior acionista da empresa. A Galp vai realizar a sua Assembleia Acionista a 24 de Abril, e prepara-se para distribuir aos seus acionistas um dividendo superior ao próprio resultado líquido realizado em 2019.

Num momento marcado pela crise do COVID-19, com toda a incerteza que ainda existe sobre o total dos impactos sobre a economia portuguesa, a Galp não apenas se prepara para distribuir dividendos fabulosos (577 milhões) como o faz quando promove o despedimento de centenas de trabalhadores ao reduzir a subcontratação de diversas actividades nas refinarias.

O que deveria ser feito é exactamente o oposto. Não distribuir a segunda tranche dos dividendos (os acionistas já receberam 262,3 milhões de euros adiantados em Setembro), e manter todo o investimento e o emprego como medida destinada a contrariar os efeitos recessivos da actual crise.