Sector de Empresas

petrogal nov2016No seguimento da reunião entre o grupo parlamentar do PCP e os trabalhadores da Refinaria da Sines da Petrogal, o PCP questionou o governo face à sua actuação perante os trabalhadores da Petrogal.

Os trabalhadores e os seus representantes denunciaram a atitude persecutória por parte da administração da Petrogal contra os trabalhadores, onde reina a repressão e intimidação dos trabalhadores em greve.

Essa atitude traduz-se na suspensão de 6 trabalhadores com processos disciplinares, ou de trabalhadores retirados dos seus postos de trabalho para realizarem “estudos” para a empresa, ou ainda a imposição de horários de trabalho que nalguns casos chegam a atingir as 16h por dia e/ou 7 dias por semana.

Por seu lado o governo mantém os despachos que obrigam os trabalhadores a laborar no máximo e com serviços que vão além da laboração habitual, chegando-se ao ponto de pôr em causa a segurança da própria refinaria.

 

Petrogal14fev1BASTA DE REPRESSÃO E TERRORISMO PSICOLÓGICO!

Na passada segunda-feira 25 de Março, uma delegação do PCP, onde incluía o Deputado Bruno Dias, reuniu com trabalhadores da Refinaria da Petrogal e seus representantes.

Nessa reunião foram abordadas questões como a greve que já dura há cerca de três meses.

Os trabalhadores e seus representantes denunciaram a atitude persecutória por parte da administração da Petrogal contra os trabalhadores, onde reina a repressão e intimidação aos trabalhadores em greve. Essa atitude que os trabalhadores consideram de terrorismo psicológico traduz-se na suspensão de 6 trabalhadores com processos disciplinares, aos quais 3 deles visam o seu despedimento, ou de trabalhadores que foram retirados dos seus locais de trabalho para realizarem “estudos” para a empresa, ou ainda trabalhadores que ficam doentes fruto da imposição de horários de trabalho que chegam a atingir em alguns casos 16 horas por dia e ou 7 dias por semana.

Foram ainda denunciados os despachos anti-greve emitidos pelo governo minoritário do PS, em clara afronta ao direito Constitucional à greve mesmo contra sucessivas decisões judiciais, em clara subserviência à administração da Petrogal. Despachos esses evocando a “segurança das instalações”, são na verdade autênticos manuais anti-greve. Os despachos na verdade obrigam os trabalhadores da Refinaria da Petrogal a laborar no máximo e com serviços extra, onde para isso vale tudo, inclusive, pôr em causa a segurança da própria refinaria, como é o exemplo de trabalhadores que chegam a trabalhar 12 ou 16 horas por dia até 7 dias por semana. As condições de trabalho desumanas e irresponsáveis na verdade poderão elas pôr em causa as condições de segurança da refinaria, seja pelo volume excessivo de horas de trabalho seja pela permanente repressão e terrorismo psicológico.

Num quadro em que o Grupo GALP apresenta os seus resultados chorudos de 2018, 741 Milhões de lucros (mais 24% que em 2017), é inconcebível que a administração com o apoio do governo do PS, continuem a impor uma retirada de direitos sociais aos trabalhadores, por via da imposição da caducidade do seu Acordo de Empresa, ao mesmo tempo que os acçionistas dividem os lucros gerados pelos trabalhadores e criam constrangimentos a outras empresas e seus trabalhadores que operam na Refinaria de Sines.

Se é verdade que as condições em que os trabalhadores desenvolvem a luta são muito duras e exigentes, é também claro e notório a unidade no seio dos trabalhadores.

Unidade que se traduz numa poderosa luta, em que a administração com a conivência do governo minoritário do PS, tudo fazem para a boicotar, recorrendo a manobras sujas e repressivas.

Unidade e luta que mais cedo que tarde irão trazer frutos para os trabalhadores e suas justas e legitimas reivindicações, em defesa do seu Acordo de Empresa.

Os trabalhadores podem continuar a contar com o PCP na defesa intransigente dos seus direitos e aspirações.

 

A DORLA do PCP

PetrogalMar2019Hoje foi distribuído o Boletim de Março da Célula do PCP na Refinaria de Sines da Petrogal. O PCP está totalmente solidário com a poderosa luta desenvolvida por estes trabalhadores (Petrogal e CMN/Martifer) que no dia 14 de fevereiro teve um momento alto com uma concentração à porta da Refinaria.

Numa altura em que a greve dos trabalhadores da Petrogal chega ao terceiro mês deste ano, com bastante impacto, a administração da Petrogal tudo faz para boicotar a luta, utilizando todos os métodos repressivos e antidemocráticos contra os trabalhadores e a sua greve em clara afronta à Constituição que consagra o direito à greve. São já sete os trabalhadores suspensos com processos disciplinares numa tentativa intimidatória à resistência e luta destes trabalhadores. Este ataque tem a clara conivência do governo minoritário do PS que nada faz para resolver o problema dos trabalhadores, pelo contrário, mesmo contra sucessivas decisões judiciais o governo continua a lançar despachos anti-greve, demonstrando a sua subserviência ao grande capital.

Porto de Sines Logística e Transportes Hoje 810x298O Grupo Parlamentar do PCP tomou conhecimento de alertas e preocupações de trabalhadores do Porto de Sines relativamente à perspectiva da eventual privatização do Serviço de Combate à poluição do Trem Naval daquela Administração Portuária.

Estando perante uma situação que exige esclarecimento, já que se trata de um serviço estratégico para a segurança marítima e o combate à poluição no porto e no mar, o Grupo Parlamentar do PCP decidiu questionar o governo sobre a intenção da APS.

 

 

JornadasParlamentaresPetrogalEm resultado da luta dos trabalhadores da Petrogal, pelo direito à contratação coletiva, por melhores condições de trabalho e pelos direitos sociais e da atitude da empresa reveladora da pressão e chantagem junto dos trabalhadores, entendeu o Grupo Parlamentar do PCP endereçar uma pergunta ao Ministério do trabalho, Solidariedade e Segurança Social com vista ao esclarecimento necessário sobre o desrespeito do direito à Greve na Petrogal.